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Transição de IPv4 para IPv6: entenda os impactos para provedores

Para os provedores, é especialmente importante entender as diferenças entre os protocolos de internet IPv4 e IPv6, porque vem aí uma migração que vai envolver uma questão que é prioridade: a segurança. Primeiramente, é necessário esclarecer o que é protocolo de internet, ou IP. Um endereço de IP é uma sequência numérica atribuída a um dispositivo para identificá-lo na internet.  

Nos anos 80, foi desenvolvido o Protocolo da Internet versão 4, ou simplesmente IPv4. No IPv4, os endereços são compostos por quatro números, cada um variando de 0 a 255, separados por pontos. 

Do começo da internet até os dias de hoje, o número de dispositivos conectados se multiplicou e adaptações precisaram ser feitas para suprir a necessidade de criação de novos endereços de IP. As combinações possíveis para o IPv4 permitiam a existência de  4,3 bilhões de IP’s em todo o mundo, mas na era dos smartphones e Internet das Coisas (IoT) este número não é mais suficiente. Ao longo dos anos, engenheiros da informação buscaram maneiras de driblar o problema, mas uma solução mais duradoura se fez necessária.

Foi para suprir a nova demanda por IP’s que surgiu o IPv6, que hoje coexiste com o IPv4 na internet. Esta coexistência entre os dois protocolos se deve a dificuldade e alto custo em substituir os aparelhos mais antigos de circulação (aqueles que usam o IPv4) por outros já com o novo padrão. Além disso, esta substituição imediata causaria interrupções, levando o IPv6 a ser implementado lentamente.

Para os provedores, o processo de migração será simples: deve-se continuar utilizando tanto o protocolo IPv4 quanto o IPv6 até que o upgrade seja completo, ou seja, até que todos os pontos já estejam se comunicando através do IPv6. Hoje, o IPv6 já libera blocos de números suficientes para a operação de provedores. Logo que a migração for terminada, o protocolo IPv4 será desligado e permanecerá em funcionamento apenas o IPv6, incorporando definitivamente as melhorias de protocolo de internet.

Os maiores diferenciais do IPv6 sobre o IPv4 dizem respeito a dois quesitos: a solução para o problema da necessidade de criação de novos IP’s (agora, estima-se que é possível criar até  340 undecilhões de endereços) e o aumento da segurança. Neste último, a tecnologia do IPv6 se destaca pela adoção da criptografia ponta a ponta. Segundo o que foi estruturado, no momento em que houver a adoção generalizada do IPv6 os ataques de hackers serão muito dificultados.

O IPv6 possui também IPSec nativo, que fornece dois cabeçalhos de segurança que podem ser usados ​​separadamente ou em conjunto. São eles o Cabeçalho de autenticação (AH) e a carga útil de segurança de encapsulamento ou ESP. Juntos eles proporcionam autenticação de origem de dados, proteção contra ataques de reprodução (com o AH) e também oferecem integridade sem conexão, autenticação de origem de dados, proteção contra ataques de reprodução e confidencialidade de fluxo de tráfego limitado, além de privacidade e confidencialidade por meio da criptografia da carga útil (por meio do ESP).

Estes novos fatores que aumentam a segurança da internet chegam ao usuário de forma bastante positiva. A partir do uso do IPv6, os usuários não precisarão compartilhar seus protocolos com outros usuários, o que torna a rede mais segura e a conexão mais rápida entre aparelhos. 

Se para os provedores a transição tende a ser tranquila e gradual, para o usuário final a mudança será praticamente imperceptível. Os novos dispositivos com conexão à internet já vêm adequados ao IPv6. Existe a possibilidade de no futuro ser necessário substituir os roteadores mais antigos por modelos mais atuais, que já são compatíveis com o novo protocolo de rede, como os roteadores DIR-842 e DIR-841, por exemplo.

A evolução do protocolo IPv4 para o IPv6 já está acontecendo e aumentar o número de dispositivos compatíveis com o IPv6 é garantir mais segurança e eficiência nas redes para provedores e usuários. E, quando o assunto é evolução e tecnologia, a evolução definitiva de protocolo de rede é um passo esperado e irreversível rumo à era das múltiplas conexões, que favorecem a Internet das Coisas e a composição de Casas Inteligentes.

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